Por: HNT
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJMT) arquivou o processo que acusa do ex-senador Júlio Campos (DEM) pelo crime de homicídio na capital paulista no ano de 2004. A decisão foi assinada pelo juiz Cláudio Juliana Filho, da 1ª Vara do Júri do Foro Central Criminal no dia 20 de fevereiro.
“Nos termos da manifestação do Ministério Público, declaro extinta a punibilidade do réu Júlio José de Campos. No mais, intimem-se as testemunhas Wilton e Nilza nos endereços fornecidos pelo Ministério Público”, diz trecho do documento.
Conforme denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o ex-senador era acusado de ser o mandante dos assassinatos do empresário Antônio Ribeiro Filho e do geólogo Nicolau Ladislau Ervin Haraly, por suposta briga de terras em São Paulo. Júlio teria encomendado o crime para se apropriar de terras ricas em pedras preciosas.
A propriedade equivale aproximadamente 87 mil hectares. Segundo as investigações, Antônio Ribeiro Filho vendeu à Julio Campos a Agropastoril Cedrobom, em Mato Grosso.
Campos, porém, teria registrado o negócio no nome de dois de seus funcionários justificando que estava com o nome “sujo”, e com “problemas” na Justiça. As investigações apontam que as mortes ocorreram para ocultar o esquema ilegal de repassar a propriedade para laranjas.
A defesa feita pelo advogado Paulo Fabrinny conseguiu arquivar a ação, visto que teria passado tanto tempo que ocorrera a extinção de uma possível punibilidade. Júlio Campos tem 72 anos e por conta disso haveria a prescrição porque a Justiça recebeu a denúncia após onze anos depois dos assassinatos.
A reportagem tentou contato com a defesa do ex-senador e com Júlio, mas as ligações não foram atendidas ou retornadas.
Candidatura ao Senado
O Democratas oficializou a pré-candidatura do ex-senador a disputar à eleição suplementar ao Senado, marcada para 26 de abril pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT). “Estamos preparados, nós não vamos chegar em Brasília para aprender a ser senador, aprender a ser congressista. Já fui parlamentar, sei a função de um senador e o trabalho que tenha que fazer com o povo mato-grossense. Esse é meu diferencial, além disso, não serei um senador de seguimentos, vou ser um senador dos interesses do povo de Mato Grosso e do Brasil”, disse Campos
http://Processo por homicídio contra Júlio Campos é arquivado pela justiça de SP