Pistoleiro procurado pela Interpol no Paraguai é preso em Chapada dos Guimarães

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Wilson Acosta Marques vivia há dois anos na zona rural do município, com a família, e tinha uma borracharia

Por REDAÇÃO

Pistoleiro que consta na lista vermelha dos mais procurados pela Interpol no Paraguai, Wilson Acosta Marques, 48, foi preso na zona rural de Chapada dos Guimarães (67 km ao norte de Cuiabá). Ele vivia numa casa simples com a família, há dois anos, e tinha uma borracharia.

Wilson é acusado de envolvimento nas mortes do jornalista paraguaio Pablo Medina Velázquez e de sua assistente, Antónia Marines Almada Chamorro, ocorridas em outubro de 2014, em uma localidade na fronteira dos dois países. Wilson e o sobrinho Flávio Valério de Assunção são apontados como os executores dos crimes. Flávio está preso no Paraná. O mandante do crime foi o irmão de Wilson, Vilmar Acosta Marques, o Neneco, ex-prefeito de Ypehjú. Neneco foi preso em Mato Grosso do Sul em 2015 e cumpre pena de 39 anos pelos crimes no Paraguai.

A denúncia do Ministério Público aponta que o jornalista foi executado por vingança de Vilmar, em represália às reportagens que publicava no jornal ABC Color ligando Neneco ao narcotráfico.

Ao ser preso na manhã de hoje, Wilson, que tem dupla nacionalidade (paraguaia e brasileira), apresentou documento em nome de outra pessoa, como tendo nascido em 1978 e natural de Caarapó, em Mato Grosso do Sul. Contudo, após entrevista na delegacia, ele confessou que o documento é falso, pelo qual pagou R$ 600 e pertenceria a um parente já falecido, informação que será apurada.

Wilson foi ouvido pelo delegado de Polícia de Campo Verde, Mário Roberto Santiago Junior. Ele será encaminhado para uma unidade prisional e ficará à disposição do Poder Judiciário.

(Foto reprodução)