Paulo Taques vira réu na justiça devido o esquema da Grampolândia

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 Ex-secretário Paulo Taques

POR: PAULO WAGNER

A denúncia do Ministério Público Estadual (MPMT) contra o ex-secretário chefe da Casa, Civil, Paulo Taques, foi aceita pelo juiz da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Tadeu Rodrigues. Agora Paulo  é réu pela participação em um esquema de interceptações telefônicas ilegais, conhecido como Grampolândia Pantaneira.

A procuradoria afirmou ainda que Paulo teria influenciado as delegadas Alessandra Saturnino de Souza Cozzolino e Alana Darlene Sousa Cardoso, a participarem do esquema, incluindo os números de Tatiane e Caroline na lista para interceptações, no método barriga de aluguel. Para atingir seu intuito o ex secretário alegou a existência de um plano comandado pelo bicheiro João Arcanjo Ribeiro, objetivando um atentado contra Pedro Taques.

O texto da decisão enfatiza também que, “Em suas razões o Procurador-Geral da Justiça asseverou que não há duvida de que as delegadas de polícia, Alana e Alessandra, realizaram a chamada ‘intrusão’, por mais que tentem justificar em seus depoimentos como a fizeram, a verdade é que o foco da Operação Forti era distinto da Pequi/Querubim já que João Arcanjo Ribeiro, a princípio, não integrava nenhuma organização criminosa, seja o ‘Comando Vermelho’ ou o ‘Primeiro Comando da Capital”.

Porém, Jorge Luiz entendeu que a conduta das delegadas não configura atos criminosos.

“Todavia, a conduta das investigadas não afrontou nenhum núcleo do tipo penal, previsto no art. 10 da Lei n. 9.296/95, eis que o fim almejado por elas era de investigar uma infração penal”, frisou o Juiz

Frente a informações que teria virado réu no caso das escutas telefônicas, Paulo Taques afirmou que só se manifestará sobre o assunto quando conhecer o teor das denúncias feitas pelo Ministério Público e os argumentos e provas que levaram a justiça à acatá-las.

Taques foi intimado pela justiça a apresentar resposta à acusação, no prazo de dez dias.