Janaina rejeita Faiad, mas diz que aceita nome ligado a Emanuel

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Deputada diz que regimento barra recondução de advogado ao cargo no Diretório da Capital

A deputada estadual Janaina Riva (MDB) afirmou que, acalmados os ânimos dentro do partido, está mais favorável a aceitar um nome ligado ao grupo do seu desafeto político, o prefeito Emanuel Pinheiro, para presidir o Diretório do MDB em Cuiabá.

“Acalmaram os ânimos, o clima já está muito mais favorável para fazer uma composição e as prioridades também vão mudando”, disse.

“Lá atrás nós tínhamos mais interesse nessa disputa municipal. Hoje já não temos mais tanto. O passar do tempo com certeza acalma a situação”, completou.

A parlamentar, no entanto, segue rejeitando a ideia de recondução ao cargo do advogado Francisco Faiad, que ocupava a presidência da Executiva municipal até dezembro passado. Segundo ela, o regimento do partido não permite tal ato.

“Acho que não tem problema [ser alguém do grupo do Emanuel], mas acho que o Faiad teve já essa situação. Nós temos uma resolução partidária e o regimento interno do MDB veda a reeleição por mais de um mandato. Acho que o natural seria fazer a substituição”, afirmou.

Janaina defendeu a necessidade de reoxigenação do partido, principalmente na Capital, e indicação de uma pessoa que queira trabalhar para o crescimento da legenda – principalmente na organização para as próximas eleições.

“Eu gostaria muito de ver um nome novo, uma liderança nova. Acho que seria importante para o MDB. Sem problema se fosse ligado ao Emanuel, mas alguém que tivesse vontade de construir partido, porque essa tem que ser a prioridade agora”, afirmou.

“A gente não precisa da nomenclatura de um presidente, precisamos de um presidente para trabalhar a chapa”, concluiu.

Rixa

O MDB em Cuiabá está sem um presidente desde o final do ano passado, quando o deputado federal Carlos Bezerra, presidente estadual, indicou Janaina para encabeçar a Executiva municipal, o que causou atrito com o grupo do prefeito Emanuel Pinheiro.

A rixa interna no partido entre o prefeito e a parlamentar dificultou a definição de um nome para a vaga, uma vez que não havia clima interno nem mesmo para a realização de uma reunião entre os principais nomes da legenda.

A expectativa é de que os representantes da legenda finalmente se reúnam no mês de março para colocar fim ao impasse e “aparar as arestas”.

DA REDAÇÃO