Empresário diz que sonegação de combustíveis em MT é de R$ 500 bilhões por ano

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Empresário Júnior Mendonça

Por: HNT

Em menção às declarações do empresário Júnior Mendonça, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) apontou que, em Mato Grosso, há uma sonegação no setor de combustíveis que supera os R$ 500 bilhões. O pronunciamento do parlamentar foi feito após as oitivas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura os incentivos fiscais do estado, realizada nesta quinta-feira (29).

Júnior Mendonça é empresário do ramo de combustíveis e tem sob seu domínio 10% de todos os postos de Cuiabá e Várzea Grande. O diretor de empresas – que é um dos investigados na Operação Ararath, que trata sobre contratos irregulares entre o Governo de Mato Grosso e pagamento de propinas a agentes públicos – foi ouvido nesta tarde na CPI para investigar sonegação e renúncia fiscal.

“A CPI está iniciando e ele [Júnior Mendonça] confirmou que há aproximadamente meio bilhão de sonegação só no setor de combustíveis em todos os anos em Mato Grosso. Já tínhamos o presidente do Sindpetroleo [Aldo Locatelli] afirmando isso, agora vem aqui o maior dono de postos de combustíveis da região metropolitana da Capital e confirma também”, aponta o parlamentar.

O deputado estadual disse também que uma das sugestões de Mendonça é para que as distribuidoras de combustíveis também sejam investigadas. Em tom afirmativo, Wilson Santos antecipou que a situação das usinas e das demais distribuidoras será apurada.

O peessedebista afirmou que secretários de Estado serão convocados para prestarem depoimentos nas próximas fases da CPI.

“O relator do tema é o deputado Avalone, que vai trazer aqui uma relação de convocados e não há dúvidas que a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) será chamada e foi aprovado hoje um requerimento convocando os secretários Rogério Gallo (Sefaz) e César Miranda Lima [Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado]”, diz Wilson Santos.

Outro desdobramento da oitiva dá conta que, em Cuiabá, há entre oito e 15 postos de combustíveis que atuam com a participação de laranjas.

“Eu já designei o deputado Avalone para trazer o nome dos laranjas e, de fato, há mesmo informações de que há de oito a 15 postos só na grande Cuiabá de laranjas sem licença da Agência Nacional de Petróleo (ANP), sem alvará da prefeitura e sem alvará do Corpo de Bombeiros”, aponta o parlamentar.