Emanuel nega falta de “kit intubação” em unidades de saúde

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DA REDAÇÃO

O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) negou na manhã desta sexta-feira (16), a falta de “kit intubação” para pacientes internados em unidades de saúde da Capital em tratamento da Covid-19.  Na última semana, o Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) aceitou requerimento do Ministério Público de Contas (MPC) para investigar a situação.

De acordo com o prefeito, há sobrecarga no sistema de saúde, principalmente em leitos de UTIs e enfermarias, devido ao avanço da pandemia. Entretanto o emedebista nega a falta de medicamentos utilizados no combate à Covid-19.

“Deus queira que não haja a terceira onda da doença, mas Cuiabá não perdeu nenhuma vida sequer por falta de atendimento ou falta de kit intubação. As dificuldades são grandes, mas não faltam”, disse em conversa com à imprensa.

O prefeito ressaltou que o problema é nacional e reconhece que o abastecimento dos insumos é precário. No entanto, garante que o município tem se antecipado e conseguido atender com todas as dificuldades e limitações de mercado.

“Cuiabá tem conseguido atender todos aqueles que estão infectados [com a doença], seja na Atenção Básica, na secundária ou precisam de leitos de enfermaria ou UTI”, declarou.

Investigação do TCE

Na terça-feira (13), o TCE aceitou requerimento do MPC e irá investigar a falta de medicamentos e insumos em unidades municipais de Saúde da Capital. A suspeita é de que pelo menos 65 tipos de remédios e materiais estejam com estoque zerado ou insuficiente no Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá e em Unidades de Pronto Atendimento (Upas), como as dos bairros Verdão e Pascoal Ramos.

De acordo com o requerimento, um dos itens em falta no município compromete a alimentação por via oral, realizada por meio de sonda e indispensável para a nutrição de pacientes intubados. Diante de informações como esta, o trabalho será estendido ao Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC).

Na ocasião, o presidente do TCE-MT, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, lembrou que o problema acomete todo o país e destacou que a dinâmica adotada pelo Governo Federal para a distribuição de medicamentos e insumos utilizados no combate à pandemia não tem se mostrado eficiente.

“Infelizmente, nossos representantes principais não entenderam a importância de termos mais de 300 mil mortes no país e estão deixando muitos municípios agonizando. Se o poder central, não liderar a compra e importação dos medicamentos, veremos fábricas superfaturando e tentando se aproveitar de momentos tristes, com a morte de cidadãos brasileiros”, disse o presidente.