Após a morte do motorista Juliano Lara, no último domingo, empresas decidiram implantar cortina de plástico para proteger trabalhadores
Após a morte de um motorista do transporte público com o novo coronavírus, as quatro empresas que operam no sistema de Cuiabá e Várzea Grande começaram a instalar cortinas de plástico nos ônibus para proteger os trabalhadores. Atualmente, 42 motoristas de Cuiabá e Várzea Grande estão afastados das funções após apresentarem sintomas da Covid 19 e oito por testarem positivo, do total de 878 motoristas do sistema.
De acordo com a assessoria de imprensa, a proteção será instalada de forma gradativa e a previsão é de que até o fim de semana toda a frota esteja com a barreira física instalada.
A medida busca restringir os riscos de proliferação da covid 19 na Grande Cuiabá, evitando o contato entre trabalhadores do sistema e população que depende do ônibus para se locomover.
No último domingo (12), o motorista Juliano Lara, que fazia a linha do Distrito da Guia, morreu com covid-19. De acordo com a assessoria das empresas, Juliano estava afastado das funções desde o dia 20 de junho, não resistiu as complicações causadas pela doença e morreu no Hospital São Benedito, onde estava internado para tratamento.Medidas
Neste período de quarentena obrigatória, os ônibus estão circulando com 100% da frota, por determinação judicial. Várias medidas de higienização foram adotadas pelas empresas desde o início da pandemia e os passageiros são obrigados a usar máscara.
Veja as medidas adotadas pelas empresas:
Os motoristas trabalham com máscara facial e álcool em gel que é disponibilizado a todos os passageiros na entrada do coletivo;
Desinfecção e limpeza de balaústres e pega-mão dos ônibus nos pontos finais das linhas do sistema;
Criação de linhas especificas destinadas aos profissionais de saúde, sendo todos os coletivos identificados com adesivos;
Material de Publicidade na parte interna dos ônibus com dicas de prevenção e combate ao novo coronavírus;
Nos ônibus com ar condicionado, está sendo utilizado o sistema no modo de ventilação aberto, de forma a trocar o ar com o exterior. Nos ônibus sem ar condicionado as janelas precisam ficar abertas para uma melhor circulação do ar, quando for possível.
Outra iniciativa é a aferição diária da temperatura dos trabalhadores que é realizada pelas empresas do sistema. Caso algum motorista esteja com temperatura acima de 37,8 graus retorna para casa e é orientado a procurar uma unidade de saúde para que seja apurada a situação.
